O segredo da investigação é o método.

"O segredo da investigação é o método"

Esta é uma afirmação feita por José Rodrigues dos Santos, jornalista, escritor e professor universitário, em entrevista dada, esta semana à revista Notícias Sábado.


E prossegue: " quando estamos a fazer uma investigação, muitas vezes estamos à procura de alguma coisa. No acto de procurar uma coisa encontramos outra. Eu sou a única pessoa que pode avaliar se essa coisa é pertinente."


As etapas de um processo de investigação, podem conduzir-nos a caminhos diferentes daqueles que tinhamos antecipado e levar-nos até a reavaliar todo o processo desenvolvido até ali.

As etapas de um processo de investigação por vezes, sobrepõe-se umas às outras, misturam-se, fluidificam-se e obrigam-nos a rever posições.



sábado, 26 de fevereiro de 2011

Reflexão Final

Após um período de alguma insegurança e suficientes dúvidas, compreendi que o caminho se faz caminhando, embora quando se encontra devidamente assinalado com "tabuletas" que fornecem indicações claras, ou autoridades que possam prover orientações, facilite bastante!

Para que a pouco e pouco, se obtenha maior autonomia, é necessário investir muito tempo e paciência nestas "lides", tentando usar de tolerância com os nossos (meus) modos desajeitados de criança que mal começou a andar e já tem ânsias de correr. Mas não há como apressar as coisas, antes de solidificar, comprender a aprofundar novos conteúdos; há um tempo certo para cada coisa e cada um de nós.

Agradeço aos meus companheiros de percurso, pois de mil maneiras diferentes, todos foram de suma e altíssima importância e ao nosso professor/orientador que gentilmente aplanou muito do caminho, apontando direcções, fornecendo preciosas informações e disponibilizando generosas indicações.

E posso dizer com satisfação que o contrato de aprendizagem já não me parece estrangeiro e sim totalmente perceptível e que penso que de facto me familiarizei com "os procedimentos metodológicos que norteiam e permitem a realização de uma investigação no campo da Educação" e que adquiri as competências necessárias para a pôr em prática (veremos) ainda que saiba que podemos sempre, fazer mais e melhor e que muito poderia ainda ser lido, dito, debatido, comentado e apreendido!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

DESIGN BASED RESEARCH

Este tema foi abordado de forma multi facetada, pois que nos foi pedido, a cada um de nós, que escolhessemos um artigo do nosso interesse e o analisassemos criticamente, tendo em mente algumas questões colocadas pelo professsor.
Provou-se uma forma eficaz de abranger aspectos variados do mesmo assunto aproveitando a colaboração de todos, optimizando tempo e recursos! Foi como ter uma equipa de investigadores a trabalhar na revisão da literatura . E pessoas diferentes, às vezes vêem coisas diferentes e ou encontram aspectos diferentes sobre as mesmas coisas. Tornou possível em tempo recorde aprofundar o assunto, debater vantagens e desvantagens da DBR, tirar conclusões.

Aprendi muito com tudo os que os meus colegas disseram para além das minhas próprias elucubrações, sustentadas evidentemente por tudo o que li previamente, pois que nunca tinha ouvido antes falar da DBR! Mais uma vez, é possível verificar a supremacia do trabalho em equipa sobre o trabalho solitário, se este for bem orientado e com objectivos bem definidos, papel esse que cabe ao professor ou facilitador.

Agora sobre a DBR, saliento alguns excertos, retirados dos textos de alguns colegas, no debate em Fórum, que capturaram a minha atenção:
"O valor da DBR deve ser medido pela sua capacidade em melhorar a prática educacional.
Algumas áreas promissoras, decorrentes da DBR:
a) Exploração de possibilidades para enredos de aprendizagem e ambientes de ensino
b) Desenvolvimento de teorias contextuais de ensino-aprendizagem
c) Construção e consolidação de conhecimento de design
d) Aumento de capacidade humana para a inovação educacional" Maria Francisco

"A DBR diminui o fosso entre teoria e prática e permite a construção de uma espiral contínua de evolução do conhecimento e de inovação." Catarina Oliveira

"Ao revelar-se tão flexível em termos de fundamentação teórica e aplicação prática, a Investigação Aplicada sobre o Desenho pode correr o risco de se dispersar, dado que a teoria por detrás da prática pode variar consoante o problema a resolver" Clara

"tem como finalidade, ao propor um trabalho colaborativo entre investigadores e professores, aumentar o conhecimento da investigação educacional sobre como os alunos aprendem e simultaneamente contribuir para a inovação e melhoria das práticas e para o desenvolvimento profissional dos professores (ANDRIESSEN, 2007; REINKING; BRADLEY, 2008)." citado por Vanda

E poderia continuar a citar excertos da intervenção dos colegas pois todos foram úteis e contribuíram para a profundar a temática.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Reflexão sobre o antes durante e depois da entrevista_ unindo a teoria à prática

Depois da experiência da construção conjunta de um guião para uma entrevista semi-estruturada, insólita, da aplicação desse mesmo guião para conduzir uma entrevista, da transcrição e análise da mesma, fica-me a certeza de que a teoria sem a prática, de pouco vale!

Há coisas que só comprendemos verdadeiramente se as experienciarmos para termos a dimensão correcta da sua facilidade ou dificuldade. Foi tudo muito vívido e importante, também pleno de esforço e dúvida algumas vezes, e medo, de não estar a fazer bem. Revelou-se uma aprendizagem profunda à qual gostaria de dedicar mais um pouco de tempo, fazer mais, repetir algumas etapas, questionar mais, abordar na prática, outros aspectos, continuar a analisar os resultados e a questioná-los de outros ângulos. Senti que o assunto não estava ainda esgotado.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

O que é afinal a análise de conteúdo?

" um conjunto de técnicas de análise de comunicações visando obter, por procedimentos sistemáticos e objectivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (...) destas mensagens". Laurence Bardin, 1979, p.42